Ao Vento

Não vi os seus olhos, mas senti alegria

Entreguei-me ao vento, tão dono de si

Na madeira os pingos, num breve minuto

A sintonia das vozes ecoava em ti

Nadei sem pensar, em águas tranquilas

Reconheci a verdade, à beira do cais

O tempo em repouso admirava a todos

A desordem das pedras, sentimentos reais

A plenitude da vida, conectada em tudo

A silhueta do barco, como perfeita pintura

A solidão inexiste, nesses traços simétricos

A tristeza em farrapos, em sua clausura

Olhar sem fronteiras, e o túnel bem claro

Temores não há, e as emoções afloradas

A areia dispersa, e a maresia tão nítida

Abraços sinceros, nas poeirentas estradas.

https://alexmenegueli.blogspot.com