OUBÍ INAÊ KIBUKO, nome africano de A. T. Santos, presenteado em meados de 1980 por uma Yalorixá. Quem leu "Raízes" e "Autobiografia de Malcon X", ambos de Alex Haley; "Filhos de Olorum" - cantos e contos de candomblé, de Raul Longo; "Zenzele", de J. Nozipo Maraire; "A Negação do Brasil" – o negro na telenovela brasileira, de Joel Zito Araújo; "Know & Claim Your African Name" (Conheça e reivindique seu nome africano), por Becktemba Sanyika; "300 Names From The Holy Continent" (300 nomes do Santo continente), por G. K. OSEI, professor de História Africana; "Nomes Afros" - Quilombhoje-Literatura e "Propriedade Nominal", poema de Oubi Inaê Kibuko postado na comunidade "Recanto das Letras", juntamente com os estudos dos mestres Beatriz Nascimento, Clóvis Moura, Lélia Gonzales, Milton Santos e Stuart Hall sabe o que significa. E respeita, em nome da democracia, auto-estima, referências de origem e grupo étnico-racial, direito a cidadania equitativa. Estamos todos sendo reeducados a repensar apagamentos históricos e respeitar questões de cultura, identidade, gênero, inclusive ampliação aos conceitos e direitos de nome social. As leis 10.639/3 e 11.645/8, incluindo a Portaria MEC 1612-2011 são alguns dos instrumentos e recursos a serem utilizados e repensados com recorte étnico, onde houver necessidade e a quem possa interessar.
De família humilde e batalhadora (ficou órfão de pai aos 4 anos), nasceu na zona norte da capital de São Paulo, bairro Tucuruvi, em 26/10/1955. Filho de Edgard (Mestre Puca) dos Santos, pintor residencial e Dalva Francisco de Camargo, costureira, diarista e prendas domésticas.
Graduado em Comunicação Social/Publicidade pela FECAP/Prouni; formado em Audiovisual pela ELCV, turma 4; e Técnico em Logística pela Unicid/Pronatec. É fotógrafo, videomaker, ator amador e figurante, escritor, compositor (letrista) idealizador e editor de Cabeças Falantes: arte - cultura - informação, criado em 2002.
Os primeiros escritos foram publicados nos meados de 1970, a título de colaboração, em veículos institucionais extintos: Ensimesmando (Banco Real) e Jornal da UFAC (Diário do Comércio), dos quais foi funcionário. Meios que abriram caminhos e levaram por indicação da jornalista Neusa Maria Pereira à série Cadernos Negros 3, poesia, e volumes posteriores. Além de obra individual, toda em poesia, tem poemas, contos, artigos, ensaios, textos preferidos publicados nos Cadernos Negros, Negrafias e comunidade Recanto das Letras. Desde 1967 reside na zona leste, e sentou praça a partir de 1988 na COHAB Cidade Tiradentes, onde colabora com entidades locais atuantes no cenário sócio-cultural.
Amante de gêneros diversos que propiciem diálogos intertextuais, gosta de escrever com a caneta e com a luz, bem como produzir idéias e projetos de cunho referencial.
Atualmente cursa Letras EAD/Univesp e Técnicas de Iluminação Cênica/SP Escola de Teatro. E dedica-se a reescrever um ensaio lítero-biográfico e iconográfico publicado na antologia Reflexões - sobre a literatura afro-brasileira, Quilombhoje/CPDCN, 1985.
BIBLIOGRAFIA
Individual: Como se fosse pecado. São Paulo: Ed. do Autor, 1980, poemas; Mergulho. São Paulo: Edição do Autor, 1981, poemas e pensamentos humanistas; Sobrevivência. São Paulo: Edição do Autor, 1981, poemas; Poemas para o meu amor. São Paulo: Edição do Autor, 1984; Canto à negra mulher amada. São Paulo: Ed. do Autor, 1986, poemas.
Antologias: Cadernos Negros 3 a 5 (org. Cuti); 6 a 14 e 16 (org. Quilombhoje). São Paulo: Ed. dos Autores, 1980 a 1991 e 1993 (poemas e contos) e Cadernos Negros 17 e 19 (organização Quilombhoje). São Paulo: Quilombhoje: Editora Anita, 1994 e 1996 (poemas); Cadernos Negros volume 25/29 – poemas afro-brasileiros (orgs. Esmeralda Ribeiro e Márcio Barbosa). São Paulo: Quilombhoje, 2002/2006; Cadernos Negros volume 26/28 – contos afro-brasileiros (orgs. Esmeralda Ribeiro e Márcio Barbosa). São Paulo: Quilombhoje, 2003/2005. Reflexões sobre a literatura afro-brasileira. São Paulo: Quilombhoje, 1982/Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra, 1985 (ensaios); Semeando, volume 1, antologia cooperativa de novos escritores brasileiros. São Paulo: Ed. dos Autores, 1983. Criação crioula nu elefante branco (org. Cuti, Miriam Alves e Arnaldo Xavier). São Paulo: Secretaria de Estado da Cultura, 1987 (ensaios); Pau de sebo – coletânea de poesia negra (org. Julia Duboc). Brodowski: Projeto Memória da Cidade, 1988; Poesia negra brasileira: antologia (org. Zilá Bernd). Porto Alegre: AGE: IEL: IGEL, 1982; Projeto Arte na COHAB – literatura, SMC/COHAB-SP/Prefeitura Municipal de São Paulo/SP, 1988. Pretumel de Chama e Gozo, antologia de poesia erótica - organização de Cuti (Luis Silva) e Akins Kintê 2015.
COLABORAÇÕES:
Cadernos Cândido Mendes nº 8-9, Centro de estudos afro-asiáticos, Faculdade Cândido Mendes. Rio de Janeiro: 1983; Revista Aldeia – cultura popular alternativa, anos 80/90 (organização Célio Pires - http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=1357); Hora X – jornal Consciência Negra, Sociedade Comunitária Falanegão; Tribuna Tiradentes Leste – Literatura; Literafro – Portal da literatura afro-brasileira; Mídia Independente; Consciência Negra do Brasil – os principais livros. Belo Horizonte/MG: 2002, orgs. Cuti e Maria das Dores Fernandes, Mazza Edições Ltda. Revista Raça Brasil nº192 - 2014; Revista Cinza nº06 - Coletivo Cinza - 2016