PORQUE NÃO FALAR DA SAUDADE

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PORQUE NÃO FALAR DA SAUDADE

Às vezes é preciso falar de saudade

Aquela que se sabe não tem esperanças

Que so se descobre nas páginas dos calendários

Ou quando se olha para um monte distante

E se vê a linha do horizonte que é sem fim.

Ou quando as borboletas, libélulas e falenas

Não mais revoluteiam ao seu derredor

Nem as brisas cantam mais cantigas de ninar

Ou que os ouvidos nas as ouvem mais.

Então nos lembramos de Maria ou de Joana ,

De Raimunda ou Sebastiana, para não se falar

Em Quitéria, Antonia ou Débora, alem de Maria

Rosa,Clecy, as Katias e Rossanas e das flores

Das acácias que enfeitavam a minha rua;

todas bonitas, que nem as margaridas.

Na verdade, para essa saudade não há retorno

E, se o houvesse, talvez seus olhos não mais

As veriam e nem sentiria o perfume das moças

Donzelas que, também, já não são mais.

É hora de voltar para casa, sentindo que a peleja

Chegou ao fim e que o pássaro voará...

Para tão longe... tão longe... tão longe !

SSPóvoa
Enviado por SSPóvoa em 25/07/2009
Código do texto: T1719446