PORQUE NÃO FALAR DA SAUDADE
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PORQUE NÃO FALAR DA SAUDADE
Às vezes é preciso falar de saudade
Aquela que se sabe não tem esperanças
Que so se descobre nas páginas dos calendários
Ou quando se olha para um monte distante
E se vê a linha do horizonte que é sem fim.
Ou quando as borboletas, libélulas e falenas
Não mais revoluteiam ao seu derredor
Nem as brisas cantam mais cantigas de ninar
Ou que os ouvidos nas as ouvem mais.
Então nos lembramos de Maria ou de Joana ,
De Raimunda ou Sebastiana, para não se falar
Em Quitéria, Antonia ou Débora, alem de Maria
Rosa,Clecy, as Katias e Rossanas e das flores
Das acácias que enfeitavam a minha rua;
todas bonitas, que nem as margaridas.
Na verdade, para essa saudade não há retorno
E, se o houvesse, talvez seus olhos não mais
As veriam e nem sentiria o perfume das moças
Donzelas que, também, já não são mais.
É hora de voltar para casa, sentindo que a peleja
Chegou ao fim e que o pássaro voará...
Para tão longe... tão longe... tão longe !