A FENIX DE SETE ETERNIDADES
A FENIX DE SETE E TERNIDA
Bem que fui vira mundo, mas não adiantou:
Vi o mar morto quando ainda era vivo
Até o mar vermelho, quando ele era azul, muito
Mais do que uma gota e quase colhi uma dália
Lá no éden , na minha primeira eternidade.
Corri nas bigas de faraó e teci o fio que Ariadne
Deu para Teseu não se perder no labirinto
E penso ter visto a fênix pela segunda vez.
Vira mundo virou saltando eternidades até
Que um dia acompanhou o as almas perdidas
Que se perdiam na serra da petrovina , depois
Das lutas nos pantanais do payaguá até as barrancas
Dos goiases onde o canoeiro bebia as águas do
Garças onde banhavam as moças que nasciam
Nas pétalas das dálias e rosas mas, nem lá, soube
Encontrar a fênix, talvez na sua ultima eternidade
Mas aprendeu a comer furrundu e beber licor do pequi
Só p’ra ficar tonto, sonhando com tantas eternidades
Perdidas ; até que entendeu que a eternidade era inútil.
Pelo menos para ele , pois a fênix tinha virado borboleta
E vivia beijando margaridas e dálias nos jardins
Que eu não construi nem plantei.
Mas outra eternidade virá e, aí, quem sabe?