A FENIX DE SETE ETERNIDADES

A FENIX DE SETE E TERNIDA

Bem que fui vira mundo, mas não adiantou:

Vi o mar morto quando ainda era vivo

Até o mar vermelho, quando ele era azul, muito

Mais do que uma gota e quase colhi uma dália

Lá no éden , na minha primeira eternidade.

Corri nas bigas de faraó e teci o fio que Ariadne

Deu para Teseu não se perder no labirinto

E penso ter visto a fênix pela segunda vez.

Vira mundo virou saltando eternidades até

Que um dia acompanhou o as almas perdidas

Que se perdiam na serra da petrovina , depois

Das lutas nos pantanais do payaguá até as barrancas

Dos goiases onde o canoeiro bebia as águas do

Garças onde banhavam as moças que nasciam

Nas pétalas das dálias e rosas mas, nem lá, soube

Encontrar a fênix, talvez na sua ultima eternidade

Mas aprendeu a comer furrundu e beber licor do pequi

Só p’ra ficar tonto, sonhando com tantas eternidades

Perdidas ; até que entendeu que a eternidade era inútil.

Pelo menos para ele , pois a fênix tinha virado borboleta

E vivia beijando margaridas e dálias nos jardins

Que eu não construi nem plantei.

Mas outra eternidade virá e, aí, quem sabe?

SSPóvoa
Enviado por SSPóvoa em 25/07/2009
Reeditado em 01/12/2012
Código do texto: T1718214
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