NÃO SEI COMO SE FAZ

NÃO SEI COMO SE FAZ

Beijos perfumados de uma pérola,

Ou um ósculo no coração, como diz a dama cigana

Na verdade não sei como se faz, pois so me ensinaram

A beijar as chagas das imagens do cristo, ou a pomba

Do divino nas folias de minha terra, lá das vilas boas dos

Dos goiases onde a colina da santa bárbara conta

Histórias dos amores antigos nas tardes quentes da serra dourada.

Pensei que aprenderia sobre perfumados e nos corações

No frio amanhecer das araucárias, onde o orvalho

Forma as suas gotas azuis nas suas grimpas, antes que

O sol venha esquentar a flor do lótus, cuidada n’algum jardim

Repleto de azuis hortênsias lembrando o azul do céu.

Do Cuiabá vem a cantilena da payaguá brincando alegre

No rio vermelho para depois deixar seu corpo de rapadura

e mel dourar nas areias quentes do garças, que morre de

amores com o Araguaia menino correndo no por onde

passeiam as emas e servem de morada para o negro d’agua

que fica alegre com o bater dos remos das montarias

que descem faceira zingando as águas encantadas.

Então, juro, vou aprender tudo sobre os beijos,

Seja lá onde for.

SSPóvoa
Enviado por SSPóvoa em 24/07/2009
Reeditado em 01/12/2012
Código do texto: T1717716
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