A TERRA INVISÍVEL
DO MENINO ANTIGO
Era menino, nem sei se distinto,
Apenas menino, talvez feio;
Apanhou porque viu Antonio Conselheiro
Ensinando tática de guerra para Napoleão;
Bonaparte de Canudos, lá no sertão.
Era menino sim, distinto, quem o dirá,
Se puxaram suas acabanadas orelhas
Porque ouvia as trombetas de Jericó
Na porta dos bares e bordéis
Prenhes de putas e coronéis.
A terra é invisível, disseram para o menino
Que nem era feio nem bonito, só menino
Que acreditou e por isso morreu sem distinção.
No final da tarde,
dois anjos deram-lhe moradia
Na venta esquerda do nariz do Cristo Redentor
DO MENINO ANTIGO
Era menino, nem sei se distinto,
Apenas menino, talvez feio;
Apanhou porque viu Antonio Conselheiro
Ensinando tática de guerra para Napoleão;
Bonaparte de Canudos, lá no sertão.
Era menino sim, distinto, quem o dirá,
Se puxaram suas acabanadas orelhas
Porque ouvia as trombetas de Jericó
Na porta dos bares e bordéis
Prenhes de putas e coronéis.
A terra é invisível, disseram para o menino
Que nem era feio nem bonito, só menino
Que acreditou e por isso morreu sem distinção.
No final da tarde,
dois anjos deram-lhe moradia
Na venta esquerda do nariz do Cristo Redentor