PRA DIZER QUE FALEI DO CARNAVAL
Travestido de eu mesmo
Vou pular o Carnaval
Saboreando um torresmo
E uma taça de Sonrisal
Acomodado na poltrona
Meia dúzia de almofadas
Ao meu lado minha dona
Rindo de minhas galhofadas
Flashes da Sapucaí
Olinda e Salvador
Pega fogo no Anhembi
Fogo apaga com suor
Uma vez saí de pirata
Índio de uma outra vez
Todo pintado de prata
E até mostrando nudez
Lembro de uma fantasia
Em que eu fui um beato
Minha vó rindo dizia
Estás parecendo um macaco
Quando jovem, perfumado
Rodopiando no salão
Hoje todo “safenado”
Carnaval? Televisão!
Pedro Troche Gonzalez