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PEDRO ANTONIO TROCHE GONZALEZ  

Este índio paraguaio de 66 anos, pai do Sandro,

Domesticado e catequizado pela bem-amada Fatinha, posa de

Rebelde, romântico e rabugento, tem

Olheiras, muitas, pelas noites mal dormidas e bem vividas.

Andou por vales, montanhas, cidades, vilas,

Navegou por rios, mares, oceanos, riachos, córregos.

Tudo isso de carona ou clandestino.

O Criador lhe foi generoso em suas andanças

Não permitindo mais cicatrizes que o necessário.

Incólume ante tantas adversidades

Orgulhoso, se pavoneia sem deixar de ser humilde.

Tropeços, muitos... não caiu (no máximo um tombinho à toa).

Renova-se a cada experiência: “o saber não envelhece”, diz.

Organizado no início de cada caminhada

Chega sempre a um destino não traçado!

Hoje como sempre, sem se preocupar com o amanhã,

Enfrenta mil perigos (com o controle remoto nas mãos),

Guerreia sem armas mais contundentes que as palavras.

Olfato aguçado para a caça (quando a mesa está posta).

Novo rumo vejo em tua caminhada!

Zarpas à deriva (empunhando cartão de crédito e cheques),

Afastas teus pés de solo firme,

Lutarás por novas conquistas?

Esse sorriso não nega:

Zombas de nós, oh gazeteiro! Tu vais ao Shopping!!!

 

PedroTrocheGonzalez