TROVOADA
TROVOADA
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Um estrondo alarmante desbravando caminhos no meio das estradas,
numa chuva torrencial que a tudo inunda,
na forma em que se flecha a alma pelas coisas lavadas...
no que na lama o que é de peso afunda.
Numa forma de alarde por desesperou afora...
um susto relâmpago que rasga o céu por agora,
como valas naturais ou criadas as incansáveis enxadas.
Que se acerta quando da lama se faz uma grande cagada.
Num estrondo inesperado que segue infindável como uma coisa rasgada,
como lágrimas vindo do céu pelas nuvens que talvez choram...
molhando as flores estas, das vidas encharcadas...
repletas de sumos fecundos, salitradas, pelo suor
umedecendo as caras...
Da lama restantes de um chão que pelo peso afunda,
seguem os cogumelos nas conivências rebarbadas das toras...
nas infâncias perdidas por crescimentos das faunas e das floras,
em que as chuvas das trovoadas por toda superfície inexplicávelmente
por enchentes inunda.
No que alguns dizem que o estrondoso barulho saiu de um imprevisível agora.