Saci Pererê

Surge num redemoinho,
Dando risada pra valer,
Esse moleque danado,
Chamado Saci Pererê.

Pula de uma perna só,
Usa um gorro vermelho,
E o assobio que ele dá,
Arrepia o nosso cabelo.


Apronta mil travessuras,
Faz até o leite derramar,
Esconde da vovó a agulha,
Para esta não mais costurar.

Gosta de fumar um cachimbo,
Das ervas é conhecedor,
Preserva a  natureza
E dela é um grande defensor.


Caso o meu amigo queira,
Um saci capturar,
Lance sobre ele uma peneira,
Para numa garrafa depois o colocar.

Márcia Kaline

Conta a velha lenda
Que o Saci é sapeca
Da festa rouba a prenda
Da menina esconde a boneca.

lenapena


Em baixo de uma peneira
O Saci se escondia
e ria da brincadeira
que vovó Rita fazia.

O seu cachimbo fumava
tentando se equilibrar
na butina que calçava
e acabara de engraxar.


Levantou-se dando saltos
pra vovó Rita assustar
por trás da serra, bem alto,
o trovão a ecoar...

Com seu gorro vermelhinho
que era sua proteção
viu chegar seu Antoninho
Com espingarda e lampião.


Pra acudir vovó Sofia
que nervosa reclamava
que o Saci só fazia
coisas que a magoava.

Só que embaixo do gorrinho
ele ficava invisível
e logo seu Antoninho
disse que era impossível.


Capturar o Pererê
Ele não conseguiria
talvez com chá de urupê
ele adormeceria.

E assim esta missão
terminou com o fracasso
o Saci não é bobo
não
em todos deu um cansaço.

Hull de La Fuente


* Hull gostei tanto da sua interação que resolvi resgatá-la no meu e-mail.
 
Márcia Kaline Paula de Azevedo
Enviado por Márcia Kaline Paula de Azevedo em 23/08/2011
Reeditado em 22/08/2013
Código do texto: T3177997
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