QUER ISTO QUER AQUILO

Quer chore, quer ri,

quer sofra ou não sofra,

todo eu sou versos

incontidos,

que trago na palma da mão,

aos leitores versos devidos.

Quer ame ou não ame,

quer sonhe ou não sonhe,

sou só o reverso

do poema,

que ponho no teu cabelo,

verdades e teorema.

Não me dou por infeliz,

do pouco que tenho,

que o que mereço,

a mim me pertence,

quer doa ou não doa,

a quem não se convence.

À vida dou ilusão,

que ela de há muito castiga,

fere, mata,

da culpa soa verdadeira,

por isso eu sou sonho,

sonhando-a de outra maneira.

Quer isto, quer aquilo,

a pena não consinto,

que inda vencido pelo cansaço,

sou puro idealismo,

que se fez caminho,

na palavra pluralismo.

Jorge Humberto

16/11/10

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 16/11/2010
Código do texto: T2619213
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