Banzo da Bahia

Hoje lembro da bahiana, bahiana linda, trigueira, estendida na esteira, beleza soteropolitana!

Bahiana que me enlevou, no ritmo do seu axé, mas que tem samba no pé, sem asas que a leve em vôo;

bahiana d'agua de cheiro, nas escadas do Bonfim, sorriso feito em marfim, fé e samba o ano inteiro;

Bahiana que vai à Pituba, se banha em Amaralina, meu coração não perturba, ser contente é sua sina.

Bahiana que não me reprova, se paro a comer lambreta, cerveja tem gosto de trova, com ela não tem mutreta;

Bahiana que Jorge Amado chamou de Tereza Batista, que este parvo na pista quis ter bem aconchegado.

Da estirpe de Gabriela, que deixou um gringo louco, com o seu cravo e canela, mas tudo que canto é pouco.

Então fico aqui por enquanto, comendo abará, acarajé,

caldo de sururu, axé! Na Bahia tudo é encanto!...

Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 27/02/2009
Reeditado em 09/01/2010
Código do texto: T1461196
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