BUCÓLICA CENA

Ruminam animais,

ao sol da manhã,

ervas, madrigais,

pedacinhos de lã.

Um filhote grita,

apela à sua mãe:

que nisto se agita,

as ovelhas, idem!

Agora que come,

do leite bebendo,

mata bem a fome

e lá vai crescendo.

Depois de comer,

pinotes e pinotes…

e a mãe a proteger,

excessivos galopes.

Disto sabe o pastor,

pousado no cajado.

Que este é seu labor,

dele está calejado.

Avança a tardinha

e com ela o calor.

Achando sombrinha

foge-se do torpor.

Na hora de tornar,

à casa prometida,

cães põe-se a ladrar,

à família reunida.

Depois do trabalho,

cada um no seu lugar.

O pastor repousado

deleita-se co o jantar.

Pouco é o alimento,

em casa de pobres.

Aos pais cumprimento,

em gestos nobres.

Vem a hora de dormir,

pequeno pastor ajeita

as cobertas de cobrir:

o cão com ele se deita.

Jorge Humberto

27/06/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 28/06/2008
Código do texto: T1055411
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