AI - 5, QUE NÃO MAIS SE REPITA
Há exatos 47 anos, no dia 13/12/1968, uma fatídica sexta-feira, marcou, para sempre, toda a minha geração.
Nesse dia, o ditador militar de plantão, o generaleco de opereta, Artur da costa e Silva, promulgou o Ato Institucional n.º 5, o famigerado AI-5, que sufocou todo o anseio de liberdade que crepitava em nossos jovens corações.
Os que hoje são bem mais novos do que eu, talvez nem façam idéia das enormes tribulações que esse ato espúrio e abjeto trouxe para a vida do país: atividade parlamentar praticamente paralisada, proibição de reuniões com fins políticos, censura em todas as manifestações artísticas, gente presa e desaparecida sem qualquer processo judicial, o exílio das nossas maiores inteligências, a institucionalização da tortura como meio de "defesa do estado", além de tristeza, muita tristeza em nossas almas.
Hoje, rugas profundas no rosto, mas o coração ainda pleno de esperança, deixo a data registrada, de forma que nunca a esqueçamos, para que não mais se repita em nossas vidas.