Eu vício
Fiz do ofício, em vertigem,
a esquiva destas letras esguias.
Nasce o cara tal que o talco...
Caco taca o louco personagem,
que foge a mim e à alvenaria
que reboca minha fragilidade.
Repleto de "sims" e outras mensagens,
tresloucada boca em azeda azia,
em tempo testado aqui neste palco
emplaca uma placa em uma miragem,
hostilizando virtudes involuntárias
que industrializam minhas vaidades.
Retribuo então, sem chance de esquivas.
Misturo os processos dos milagres
e, quando eu só tentava fluir,
contratei um contrato agrário
em diária consultoria sem contrato.
Virei espião bisbilhoteiro de desfarces.
Em supervia, rápido e veloz,
do pó ao pó, de atroz a algoz,
Fabriquei vaidades frenéticas
em tiroteio genocida contra a dialética.
Força cinética a nutrir tal estética,
pra repor o gás do depois do após.