A FORÇA DAS VAGAS

 

Caravela que pelo mar imenso vagueia

Levada pelo humor letal do vento

O marujo não crê o quanto a bússola desnorteia

 

As ondas açoitando o mastro lustroso

O velame não muito mais aguentaria

Rota desviada num desespero sinuoso

 

Toda oração pra Nossa Sra. dos Navegantes era pouca

A fé em Iemanjá no marinheiro estremecia

A Natureza parecia estar totalmente louca

 

A noite escura dentro do peito assombrava

Chegara o inevitável confronto da alma

A hora se adivinhava derradeira a embarcação sossobrava

 

Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 16/08/2023
Código do texto: T7862542
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