Coração oblíquo

O gelo queima as mãos,

ferroa a mente e joga luz

Sob uma íngreme estrada,

Na qual seus transeuntes vacilam

e acanhados ficam,

cogitando-se captados.

Se não o queria, podia olhar?

E agora insegura e inquieta

Pode ainda abrir brechas?

Terceira via é tal qual a segunda,

Conquanto que na tríade insana

O coração oblíquo se defina

impessoal.

Lirianna
Enviado por Lirianna em 15/12/2022
Reeditado em 03/02/2023
Código do texto: T7672658
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