MORTE
Ponta, ponteiro, relógio,
ponteio certeiro na ida,
depois, nas vindas...
A morte desponta a sorte,
nas sombras das flores,
velórios, nervosos, disparada.
Ó, vida!
A lua me disse:
Somos nós em sol maior...
Catacumbas, rumbas, boleros,
Tango de uma nota só
para eu dançar sobre Orfeu!
Horas, relógios,
sombras mortas
em quintais, silêncio.
O fim, recomeço tênue,
iluminação do agora,
riram-se ou chorarem...
A terra no chão batido
fecha o caixão com flores
secas em folhas de adeus!
Agora, o porquê, pensar:
Estrelas cortadas em céu
de estrelas viva.