MORTE

Ponta, ponteiro, relógio,

ponteio certeiro na ida,

depois, nas vindas...

A morte desponta a sorte,

nas sombras das flores,

velórios, nervosos, disparada.

Ó, vida!

A lua me disse:

Somos nós em sol maior...

Catacumbas, rumbas, boleros,

Tango de uma nota só

para eu dançar sobre Orfeu!

Horas, relógios,

sombras mortas

em quintais, silêncio.

O fim, recomeço tênue,

iluminação do agora,

riram-se ou chorarem...

A terra no chão batido

fecha o caixão com flores

secas em folhas de adeus!

Agora, o porquê, pensar:

Estrelas cortadas em céu

de estrelas viva.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 08/12/2020
Código do texto: T7130580
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