CAIADO
Eu tinha que pisar no lodo, escorregar, continuar andando...
Mesmo sem saber onde eu ia parar, pois, na minha vida, o engano;
Areia movediça, embaixo, bem embaixo da sola do meu sapato, terra.
Como se eu fosse o culpado de todas as desgraça que pedem licença;
Pus uma corda no meu pescoço para me atirar no abismo, céus!
Num mundo de infortúnios que só de pensar me faz mal, em quimeras.
Se eu parar por alguns instantes de refletir, sorrio, às vezes, choro;
Não, hoje não, solidão. Estou à vagar pelo meu silêncio mordas;
Para não ter que gritar que não esquece das juras que me fizeram.
E, depois, tudo se faz luz dentro do clarão obscuro;
Que em lágrimas fez-se rios de lagoas verdejantes;
O nada como contextualização para quem nunca cai.
Minha vida lida, refletida em metáforas, são paralelas;
E, posso até amar-me sem amá-los em destino;
Porque como desbravador, continuo minha ida.