O VOO DA ÁGUIA
Quando o meu coração esvaziou-se;
Me senti como um cristal quebrado;
Numa corda bamba em lágrimas de náilon.
Ó dor, como pude chorar aos pés de Deus;
E, minhas preces não serem ouvidas em mim;
Pela tristeza d'alma que tremia em solidão.
Como a fénix surgindo das trevas, surgiu em mim, força;
Então me senti leve como uma pipa no ar em giros;
Depois, pensei, prudentemente pensei, em canto, tristeza.
Agora que a gaiola que me prendia com os pássaros feridos;
Fez-me liberto das agruras que um dia fez-se trevas;
Assim, eu sou a liberdade que perdoa-se por nada.
Perdoei-me pelos atos em fatos coloridos;
Estando pronto para ferir os que feriram-me;
Porque é preciso dar aos pombos o sabor da dor.
Ah! Pelo meu sofrimento que sozinho libertei-me;
E poeticamente me fiz estrada de sol em minha vida;
Não quero o mal para os depauperados, e sim, justiça.