O VOO DA ÁGUIA

Quando o meu coração esvaziou-se;

Me senti como um cristal quebrado;

Numa corda bamba em lágrimas de náilon.

Ó dor, como pude chorar aos pés de Deus;

E, minhas preces não serem ouvidas em mim;

Pela tristeza d'alma que tremia em solidão.

Como a fénix surgindo das trevas, surgiu em mim, força;

Então me senti leve como uma pipa no ar em giros;

Depois, pensei, prudentemente pensei, em canto, tristeza.

Agora que a gaiola que me prendia com os pássaros feridos;

Fez-me liberto das agruras que um dia fez-se trevas;

Assim, eu sou a liberdade que perdoa-se por nada.

Perdoei-me pelos atos em fatos coloridos;

Estando pronto para ferir os que feriram-me;

Porque é preciso dar aos pombos o sabor da dor.

Ah! Pelo meu sofrimento que sozinho libertei-me;

E poeticamente me fiz estrada de sol em minha vida;

Não quero o mal para os depauperados, e sim, justiça.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 24/10/2020
Código do texto: T7095078
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