Conhecendo Guaxupé A beleza do Parque da Mogiana (1)

Conhecendo Guaxupé

A beleza do Parque da Mogiana (1)

Reconheço, e dou minha mão à palmatória. Resido em Guaxupé aproximadamente 20 anos e, durante este tempo nunca chamou-me a atenção e nem despertou o meu interesse em conhecer o tal Parque da Mogiana.

No último dia 18/19/06, por não ter nada programado, e depois de fausto café da manhã na Padaria Real, fui até o Parque da Mogiana. Pois bem, caminhando pelo Parque, na companhia do Bento, em toda sua extensão, qual não foi minha surpresa, primeiro, pela sua localização, pois fica incrustrado no centro da cidade; segundo, pelo cuidado e manutenção; terceiro, pela facilidade de acesso e quarto pela sua beleza ímpar.

Uma grande área verde no coração da cidade que, por óbvio facilita que as pessoas possam visitar e embebedar-se pelo encanto de sua beleza, sossego, tranquilidade.

Um belo espaço que os guaxupeanos deveriam aproveitá-lo e usufruí-lo, tê-lo como sua área de laser, entretenimento, prática de esporte, eventos culturais, religiosos, e muito mais.

Os parques urbanos em sua grande maioria procuram conciliar áreas verdes com equipamentos ou ambientes que propiciem o lazer. A sensação de proximidade dos ambientes contribuem para a cidadania, um lugar para relaxar, com eventos culturais entre outras opções.

As cidades evidenciam pessoas que buscam por áreas de tranquilidade e prazer, os parques, praças, são bons instrumentos para essa busca de contato com a natureza como uma necessidade. E isso se confirma quando parques nacionais recebem milhões de pessoas por ano.

Os parques urbanos são áreas verdes que podem trazer qualidade de vida para a população. Pois proporcionam contato com a natureza e suas estruturas e qualidade ambiental, quando adequadas e atrativas, são determinantes para a realização de atividade física e o lazer. Estas atividades trazem diferentes benefícios psicológicos, sociais e físicos a saúde dos indivíduos, como, por exemplo, a redução do sedentarismo e amenizar o estresse do cotidiano urbano. Assim, o planejamento correto e a conservação de parques públicos se revelam como significativa estratégia para uma política efetiva do projeto urbano e da saúde pública.

Constatou-se que a beleza da paisagem e a proximidade de um parque, ao local de moradia dos usuários, são os principais fatores que incentivam uma utilização frequente para a atividade física e o lazer.

Os parques que apresentam condições ambientais adequadas são determinantes na utilização de parques para o desenvolvimento de atividades físicas e o lazer. Ou seja, podem contribuir na redução da prevalência de sedentarismo e auxiliar na promoção da saúde e bem estar, além de possibilitar o aumento do nível de atividade física dos ativos.

Neste contexto, alguns estudos mostram que a boa qualidade social e física destes espaços, como por exemplo, infra-estrutura adequada, segurança, facilidade de acesso e outros fatores positivos, aumentam a possibilidade de freqüência das pessoas e, por conseguinte, um comportamento fisicamente . Os parques urbanos, por suas características físicas e sociais, são considerados apropriados para a prática de atividade física ao ar livre e recreação. Apenas cinco minutos de caminhada em áreas verdes, como por exemplo, em um parque público, já é suficiente para melhorar a saúde mental, com benefícios para o humor e autoestima.

Ainda, outros estudos apresentam diferentes benefícios (sociais, físicos e psicológicos) de utilizar espaços naturais ou ambientes urbanos com áreas verdes para a prática destas atividades, como por exemplo: educação ambiental, reduzir a prevalência de sedentarismo e amenizar o estresse.

Estas áreas urbanas podem ser consideradas “academias ao ar livre”. Assim, a implantação das mesmas é de relevante importância na promoção da saúde e qualidade de vida de uma população. No entanto, percebe-se que além de políticas públicas que incentivem a construção e revitalização destes espaços, são de igual importância projetos que contemplem planejamentos e gestões que supram as necessidades dos seus frequentadores e comunidade em geral.

Ou seja, é preciso que estes ambientes sejam percebidos positivamente para que as pessoas se sintam atraídas e motivadas a frequentá-los, e também desfrutem, de forma satisfatória, dos benefícios que o desenvolvimento de atividades nestes locais pode proporcionar.

Considerando-se que a atividade física traz vários benefícios à saúde e qualidade de vida, e a implantação, e os corretos planejamentos e conservação de parques públicos se revelam como significativa estratégia para uma política efetiva do projeto urbano e da saúde pública

‘As fontes primárias foram identificadas com base no seu título, sendo selecionados todos os resumos considerados previamente relevantes e somente analisados os que apresentaram data de publicação (artigos) ou defesa (tese) até 30/06/2010 (sem data inicial). Após essa etapa, todos os artigos selecionados foram obtidos na íntegra e examinados. Por último, realizaram-se pesquisas pelo nome do primeiro autor desses manuscritos para identificar outras fontes que estivessem dentro dos critérios de inclusão.

No entanto, o uso destas áreas depende de vários fatores sociais e ambientais presentes no ambiente destas áreas e características individuais dos seus usuários (idade, condições socioeconômicas, gênero, escolaridade, etc). A maior proximidade as residências e a beleza da paisagem dos parques parecem ser os principais determinantes para a adesão e manutenção de frequentadores assíduos.

Neste sentido, os parques devem ser implantados e planejados de acordo com o perfil e as necessidades da comunidade, além de serem estabelecidas políticas eficientes de conservação ambiental dessas áreas, já que a beleza da paisagem é atribuída pela presença de suas condições naturais (vegetação, lagos, relevo, etc), as quais podem também promover bem estar psicológico no visitante.

Estas ações devem aumentar a percepção positiva pela comunidade para que assim estes espaços públicos sejam efetivamente utilizados, possibilitando maiores níveis de atividade física e experiências psicológicas relevantes para a melhoria da saúde mental

Os parques urbanos promovem a qualidade de vida da população

Um estudo publicado na revista Nature comprovou que passar pelo menos duas horas semanais entre áreas verdes, como os parques urbanos, ajuda a aliviar o estresse e a tranquilizar a mente.

Ainda segundo o estudo, essas pequenas doses de natureza podem contribuir para regular o nosso “relógio biológico” (o ritmo circadiano), melhorando a qualidade do sono e aumentando a sensação de energia durante o dia.

Os parques urbanos ajudam a combater a poluição e a regular a temperatura

Segundo a OMS, a poluição atmosférica afeta o clima e reduz a expectativa de vida das pessoas, elevando os riscos de infartos, doenças respiratórias e até mesmo de câncer de pulmão.

Nesse sentido, os parques urbanos atuam como verdadeiros “pulmões” para a cidade, na medida em que as árvores e toda a vegetação ajudam a reter as partículas finas de poluição que ficam suspensas no ar e ainda absorvem os gases poluentes que costumam elevar a temperatura local.

Protetor natural

Aliás, essa função purificadora incide sobre as chamadas ilhas de calor, fenômeno caracterizado pela elevação das temperaturas em pontos localizados da metrópole devido ao aumento da poluição e à grande concentração de edifícios em espaços totalmente asfaltados.

Nesses casos, as áreas verdes protegem as pessoas da radiação solar direta com a sombra das árvores, o que, associado à evapotranspiração, minimiza o calor e refresca o ambiente.

Esses espaços ainda exercem uma função pedagógica e de conscientização da população, ao serem os cenários ideais da cidade para ações voltadas à educação ambiental.

Concluindo, só um despercebido poderia deixar de apreciar e curtir a beleza da paisagem do Parque da Mogiana, local único para que as pessoas possam interagir com a natureza.

Guaxupé, 20/06/24.

Milton Biagioni Furquim (filho adotivo de Guaxupé)

Milton Furquim
Enviado por Milton Furquim em 20/06/2024
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