Sou um caipira do interior das gerais que depois de 20 anos na magistério, lecionando matemática e física, e dirigindo uma escola pública, decepcionado com a completa falta de estrutura e de uma política educacional e profissional séria, resolvi fazer o curso de Direito com o objetivo de prestar concurso para a Magistratura. Consegui formar em Direito com 40 anos e dois anos após prestei o concurso e, não sei se foi azar da sorte, ou a sorte do azar, logrei ser aprovado. Faz 17 anos que estou juiz e dia 13/01/13 completo o tempo para aposentadoria. Não aconselho nenhum amigo para prestar concurso para a Magistratura, infelizmente. De quando em vez gosto de 'rabiscar' alguma coisa com o intuito de desabafar as agrúrias, angústias que passamos no nosso cotiando. A magistratura embrutece o homem sem nos apercebemos disso. Gosto de cachorros, tenho dois goldem, o avô se chama ulisses e o neto tancredo. Tenho um filho médico, uma esposa maravilhosa que é a minha alavanca. Gosto de pássaros. Tenho poucos amigos, nós juízes somos solitários em meio ao povo. vivemos em solidão. Para me conhecer melhor sugiro a leitura: conheça a história de um caipira que passou no concurso para juiz. Milton Biagioni Furquim