História de Euclides da Cunha

Eu agora vou narrar

A história de um escritor

Que podemos afirmar

Quão imenso é seu valor

Euclides Rodrigues da Cunha

Tanto fez pelo Brasil

Ele tudo se opunha

Era forte e varonil

Foi um grande revelador

Da realidade brasileira

Carismático e defensor

Da nossa sagrada bandeira

Antiga província do Rio de Janeiro

Cantagalo foi onde nasceu

Um pequeno escritor brasileiro

Como dádiva, Deus nos deu

Aos três anos de idade

Órfão de mãe ficou

Mudando-se para outra cidade

Do menino a tia cuidou

Teresópolis passou a habitar

Aos cuidados de outra tia

Pois a primeira esqueci-me de informar

Que em um sepulcro jazia

Foi nessa pequena cidade

Que começou a batalhar

Com bem pouca idade

Começava a estudar

Francisco José Caldeira

Foi seu primeiro professor

Ao Euclides revelara

Um futuro promissor

Professor provecto e afamado

Ao Euclides parabenizou

Totalmente extasiado

A sua sabedoria elogiou

Era muito inteligente

Tudo, tudo ele sabia

Não sabendo que de repente

Um escritor ele seria

Somente com treze anos

Começa a frequentar

Colégio Anglo-Americano

E o primeiro exame vai prestar

O primeiro de português

E depois geografia

Em seguida o de inglês

E também geometria

Francês,retórica e história

Latim ele também tentou

Em todos teve vitória

Mas no último reprovou

Por vários colégios passou

Deixando traços impagáveis

Mas na lembrança ficou

Os gestos mais amáveis

Euclides além de inteligente

Teve forte personalidade

Cativou muita gente

Deixando muita saudade

Também era sonhador

Nas noites caladas e frias

Entregava-se com amor

Escrevendo belas poesias

Vários poemas foram feitos

Além das páginas perdidas

Alguns versos imperfeitos

Mas poesias bem esclarecidas

A mulher está presente

Em um verso e nada mais

Escrevia convincente

Sobre os temas sociais

Positivista e republicano

Resolveu ingressar

Com os seus vinte e dois anos

Na carreira militar

Foi um verdadeiro terror

Expulso por imediato

Desacatando um superior

Não respondendo pelo seu ato

Um ano se passou

A República foi proclamada

E na carreira reingressou

Prá no fim não dar em nada

Ao ver tanto engano

Discordando do que viu

De um governo republicano

Do exército ele desistiu

Ah! Mas quem poderia imaginar

Que Euclides de Cantagalo

Um dia fosse trabalhar

No Jornal O Estado de São Paulo

Foi enviado para a Bahia

Para a revolta de Canudos cobrir

A guerra lá explodia

Ele teve mesmo que ir

Experiência ele adquiriu

E com grandes aptidões

Escreveu tudo que viu

No livro "Os Sertões"

Dez anos se passou

O seu livro foi publicado

Sete anos lhe faltou

Para ser assassinado

De forma muito justa

O seu livro teve divisão

A terra, o homem, a luta

Para uma melhor compreensão

Euclides, dinâmico escritor

Heróico e de grande bravura

Do Brasil foi defensor

E para mim, o pai da literatura

É difícil descrever

As passagens da sua vida

Para melhor entender

Sua história deve ser lida