Soneto heróico puro
O soneto é um dos mais antigos estilos poéticos conhecidos. E o mais importante a salientar, é que foi um dos poucos estilos literários que não sofreram mudanças ao longo do tempo, apesar de todas as tentativas para tal.
Conhece-se dois tipos de sonetos:
a) o soneto italiano
b) o soneto inglês
O soneto italiano, é aquele que todos praticamos em nosso dia-a-dia, e com o qual nos deparamos em quase todos os lugares.
É composto por duas quadras, seguidas de dois tercetos, nesta ordem.
Já o soneto inglês, também chamado shakespereano, é muito pouco praticado, e é constituído por três quadras seguidas de um dístico.
E só resiste ainda ao tempo, porque era praticado por ninguém menos que Shakespeare.
Não vamos falar sobre este último. Fica aqui apenas o registro.
Existe ainda um outro, que nem gosto de mencionar, pois não o considero soneto, que é o estrambótico. Consta de um prolongamento de mais uma estrofe com um, dois e até três versos. É meramente uma extravagância que não aprovo nem considero.
O soneto italiano, também chamado de soneto petrarquiano, é o mais tradicional, justamente por ser o soneto original, de onde todas as outras formas variantes derivam.
Este pode ser de dois tipos de cadência:
a) o Heróico,
b) o Sáfico
Esta cadência é o ritmo do poema, diz respeito às sílabas fortes do verso, e que trazem uma melodia para o poema.
O soneto heróico é aquele que tem a sílaba forte na sexta e décima sílabas.
Já o soneto sáfico é quando as sílabas tônicas do verso recaem na quarta, oitava e décima sílabas.
Isto, claro, refere-se aos sonetos decassílabos, que são os mais praticados.
Mas existe ainda o soneto Alexandrino, que consta de doze sílabas poéticas ou doze sons. Sobre ele dedicarei um artigo especialmente para comentar a respeito.
Sobre o soneto heróico puro mencionado no título deste artigo, ressalto que ele tem uma particularidade que o torna especial, mais melódico, e também mais difícil de compor. É o soneto decassílabo que tem, todos os seus versos, com sílabas tônicas nas segundas, sextas e décimas sílabas. Um exemplo deste tipo de soneto é o que reproduzi abaixo em imagem, de um acadêmico da ABRASSO, Academia Brasileira de Sonetistas. Veja a seguir.
Este poema está disponível no Recanto das Letras no link a seguir.
Mulher - Soneto de autoria de Edir Pina de Barros
Vale aqui uma ressalva: ao contrário do que eu até pouco tempo acreditava, o soneto não é um poema formado por quatorze versos e só. Quero dizer o seguinte: se alguém compõe um poema que contém quatroze versos, sendo eles distribuídos em duas quadras e dois tercetos, não fez um soneto se todos os versos não tiverem o mesmo número de sílabas poéticas, e se não houver uma regularidade de rimas.
Para ser chamado de soneto, o poema necessita, além do fato de ter quatorze versos distribuídos em quatro estrofes, sendo as duas primeiras, quadras, e as duas últimas, tercetos; deve ainda ter todos os versos com o mesmo número de sons e rimas regulares.
Como mencionei acima, os versos em geral, são decassílabos, embora existam sonetos também em redondilha maior (versos heptassílabos), redondilha menor (versos pentassílabos), alexandrinos (versos dodecassílabos), e algumas outras pouco comuns, como com onze sílabas, ou nove, ou oito, ou seis.
E as rimas, devem ser: nas quadras, ou interpoladas (abba abba) ou alternadas (abab abab), e nos tercetos, geralmente cdd cdd, ou cdc cdc, ou ccd ccd.
Mas não deve variar mais do que duas rimas, que geralmente são diferentes das rimas das quadras.
O soneto é um dos mais antigos estilos poéticos conhecidos. E o mais importante a salientar, é que foi um dos poucos estilos literários que não sofreram mudanças ao longo do tempo, apesar de todas as tentativas para tal.
Conhece-se dois tipos de sonetos:
a) o soneto italiano
b) o soneto inglês
O soneto italiano, é aquele que todos praticamos em nosso dia-a-dia, e com o qual nos deparamos em quase todos os lugares.
É composto por duas quadras, seguidas de dois tercetos, nesta ordem.
Já o soneto inglês, também chamado shakespereano, é muito pouco praticado, e é constituído por três quadras seguidas de um dístico.
E só resiste ainda ao tempo, porque era praticado por ninguém menos que Shakespeare.
Não vamos falar sobre este último. Fica aqui apenas o registro.
Existe ainda um outro, que nem gosto de mencionar, pois não o considero soneto, que é o estrambótico. Consta de um prolongamento de mais uma estrofe com um, dois e até três versos. É meramente uma extravagância que não aprovo nem considero.
O soneto italiano, também chamado de soneto petrarquiano, é o mais tradicional, justamente por ser o soneto original, de onde todas as outras formas variantes derivam.
Este pode ser de dois tipos de cadência:
a) o Heróico,
b) o Sáfico
Esta cadência é o ritmo do poema, diz respeito às sílabas fortes do verso, e que trazem uma melodia para o poema.
O soneto heróico é aquele que tem a sílaba forte na sexta e décima sílabas.
Já o soneto sáfico é quando as sílabas tônicas do verso recaem na quarta, oitava e décima sílabas.
Isto, claro, refere-se aos sonetos decassílabos, que são os mais praticados.
Mas existe ainda o soneto Alexandrino, que consta de doze sílabas poéticas ou doze sons. Sobre ele dedicarei um artigo especialmente para comentar a respeito.
Sobre o soneto heróico puro mencionado no título deste artigo, ressalto que ele tem uma particularidade que o torna especial, mais melódico, e também mais difícil de compor. É o soneto decassílabo que tem, todos os seus versos, com sílabas tônicas nas segundas, sextas e décimas sílabas. Um exemplo deste tipo de soneto é o que reproduzi abaixo em imagem, de um acadêmico da ABRASSO, Academia Brasileira de Sonetistas. Veja a seguir.
Este poema está disponível no Recanto das Letras no link a seguir.
Mulher - Soneto de autoria de Edir Pina de Barros
Vale aqui uma ressalva: ao contrário do que eu até pouco tempo acreditava, o soneto não é um poema formado por quatorze versos e só. Quero dizer o seguinte: se alguém compõe um poema que contém quatroze versos, sendo eles distribuídos em duas quadras e dois tercetos, não fez um soneto se todos os versos não tiverem o mesmo número de sílabas poéticas, e se não houver uma regularidade de rimas.
Para ser chamado de soneto, o poema necessita, além do fato de ter quatorze versos distribuídos em quatro estrofes, sendo as duas primeiras, quadras, e as duas últimas, tercetos; deve ainda ter todos os versos com o mesmo número de sons e rimas regulares.
Como mencionei acima, os versos em geral, são decassílabos, embora existam sonetos também em redondilha maior (versos heptassílabos), redondilha menor (versos pentassílabos), alexandrinos (versos dodecassílabos), e algumas outras pouco comuns, como com onze sílabas, ou nove, ou oito, ou seis.
E as rimas, devem ser: nas quadras, ou interpoladas (abba abba) ou alternadas (abab abab), e nos tercetos, geralmente cdd cdd, ou cdc cdc, ou ccd ccd.
Mas não deve variar mais do que duas rimas, que geralmente são diferentes das rimas das quadras.