Breve história do soneto
1ª PARTE
Em versos mostro a vocês
Como surgiram sonetos:
Contando... Era uma vez,
Rabiscando alguns panfletos
Ao criar dois bons quartetos
Yácopo, um camponês,
Junta a estes dois tercetos
Com chave-de-ouro, talvez...
Era plena Idade Média
Cruzadas, pestes, tragédias
No sul da Itália, Sicília
Seu poema em 14 versos
Resplandeceu no Universo
Brilhou na bonita ilha.
2ª PARTE
Corria o século XIII,
Reinava no velho mundo
O Rei Frederico II
Quando Guitone D’Arezzo
Da Itália também oriundo
Fez poemas de amor e desprezo
Com lindos versos acesos...
Petrarca, bem mais profundo
Fez um belo “canzioniere”
Fama a história lhe confere
E novo clarão se fez
Quando então Sá de Miranda
Pela Europa toda anda
Traz o soneto ao português.
3ª PARTE
Bem depois, Luís de Camões
Por amor a Dinamene
Criou poesia perene
Que arrebatou corações
Nossa pátria entra em cena
No Barroco de ilusões
Matos Guerra dá lições
Com sua ferina pena.
Criou sátiras ferozes
Outras lírico-amorosas
Este tal “Boca do Inferno”
Tanto os poetas do Arcadismo
Quanto alguns do Romantismo
Cantaram o amor eterno.
4ª PARTE
Em mais de 500 anos
Sonetistas muitos mil
São astros deste Brasil
Poetas lúcidos e insanos
Dos brilhantes parnasianos
Bilac canta febril
Com pena de aço e buril
Vêm depois modernos planos
Vinícius, Carlos Drummond
E quantos Mários Quintanas
Rimando pequeno som...
Sonetistas de valor
São anjos cantando hosanas
Criando hinos de amor.
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