FAZ FRIO LÁ FORA

Que se me ceguem os olhos, por não te ver;

que eu emudeça com a palavra na garganta;

que venhas leda e breve buscar meu viver,

que sem ti, meu anjo, já nada me espanta…!

Que me tomes em teu colo para eu beber

do teu líquido, como se fora uma planta;

de modos a poder crescer e combater,

tudo o que ante mim e meus olhos se agiganta…!

Cerces muros, pla raiz voltaram a crescer,

(e esta vontade louca e tão minha de morrer,

é do poeta a sua vontade de lutar).

Cresci e vivi, dentro da cidade, depressa demais…

passam por mim cartilagens de animais…

mas meu amor, nos voltaremos a encontrar!

Jorge Humberto

21/02/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 31/03/2008
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