A MENINA DO BALÃO
Quando tudo parecia perdido sem salvação
uma menina chegou-se a mim e logo sorriu
Na sua mão pequenina estendeu um balão
de mil cores, esvoaçando, preso por um fio
Sentia-se, a cada rajada de vento, o esticão
foi então, sem mais, que ela a mi retorquiu
dê-lhe folga e não o prenda essa é questão
para uma boa elevação e o vento ressurgiu
E quando olhei pra trás, para lhe agradecer
vi ao longe, a menina correndo, no planalto
por entre flores e ervas e papoilas a tremer
Até que a perdi de vista no vasto horizonte
Nisto reparei no balão da menina e no alto
que ele ia: quem sabe, buscar douta fonte.
Jorge Humberto
05/03/08