"HISTÓRIA ANTIGA"
“No meu grande otimismo de inocente,
Eu jamais soube por que foi ... Um dia,
Ela me olhou... indiferentemente.
Perguntei-lhe por que era ... Não sabia.
Desde então, transformou-se, de repente,
(Toda) A nossa intimidade correntia
Em saudações de simples cortesia
E a vida foi andando para frente.
Nunca mais nos falamos. Vai distante ...
Mas, quando a vejo, há sempre um vago instante,
Em que seu mudo olhar, no meu, repousa.
E eu sinto (sem, no entanto, compreendê-la)
Que ela tenta dizer-me qualquer cousa,
Mas que é tarde demais para dizê-la”.
(*) Raul de Leôni (enviado pela LUDY, em 30.10.06)