INTRIGAS FAMILIARES
Não entendo desentendimentos familiares,
Invejas ou más querenças, cobranças tais,
Algum concitar mais semelhante a animais
Agentes consanguíneos, de todo similares.
Como entender, uma irmã, desejando mal,
Outra irmã e mais ainda uma mãe ao bem
Fugir, desdenhando aqui, o que a dita tem
Como se fosse, possível, não enxergar tal.
Pior que tudo é que temos coração d’ oiro,
Somos logrados; e ainda nos esbofeteiam.
Perdão nunca pedir, no pensar, duradoiro,
Que o tempo olvida tudo, e a pobre razão,
Furtada, é o que eles, mais escamoteiam,
Porque, a esta gente, falta-lhe só coração.
Jorge Humberto
08/02/08