UMA MANHÃ CO O POETA

As manhãs claras lembram o novo dia

E os azuis de algodão, são como folia,

Onde tracejássemos, a preto e branco

Da chuva miudinha o leve, leve pranto.

Depois, num folha toda alva, serventia

Lhe daríamos, no fim teríamos galeria,

Para expor a obra, que, co tal espanto

Levou-nos aí o suor de nosso encanto.

E assim vai seguindo a rotina do poeta

Que, sem algoz é a arma que espoleta

Na criação maior que sua alma conduz.

E, vendo aproximar-se, sua dócil musa,

Lhe faz galanteei-o e logo pede escusa

Para continuar sua obra, que inda reluz.

Jorge Humberto

07/02/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 13/02/2008
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