EU E AS DIVINDADES
Sei que trago resquícios de rua, o medo de perder,
O que tanto conquistar me levou, ao mundo vencer
Com todas as suas armadilhas e se acaso fraquejo
Eis que me amedronta e teme, se cego nada vejo.
Meu linguarejar era rude, para os bandidos vencer,
Mas aquele não era eu, mas forma de me submeter
Ao que esse mundo me pedia, co todo seu traquejo
E onde imperavam as armas, de mui fácil manejo.
Mas o que nunca perdi foi o amor, para dar a quem
O quiser aceitar. Que quem comigo ficar, negará
Muito de sua vida, pra no fundo de mim ver alguém.
E, é por isso, que eu ainda discuto por banalidades,
Ofendendo a quem não devo nem o merece já,
Pois no meu brasão, do Olimpo, as mil divindades.
Jorge Humberto
26/01/08