NO CAMBOJA

No Camboja, por culpa, de um déspota assassino,

Em que lei não havia, senão a Marcial, cor de anil,

Milhares de cambojanos, tentaram fugir do perigo,

Encontraram a morte nos campos, culpa dum fuzil.

O Khmer Vermelho, dizendo-se do povo, o amigo,

Seguia as ordens da União Soviética: gente servil,

Combatendo nas ruas de Phnom Penh, o inimigo,

Quando desciam das montanhas em estado febril.

Claro que, para uns e outros, o somenos é o povo,

Mortos por uma bala perdida ou a golpe de catana:

Empilhando crânios, em bambu, como se dum ovo.

E, não eram só as balas, que matavam as gentes,

Muitos, sem ter o que comer, remetiam pró sacana,

A lembrança de suas casas e das crianças cientes…

Jorge Humberto

25/01/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 28/01/2008
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