QUANDO A INSPIRAÇÃO É UMA MER....

Não era o morto nem pouco querido,

Mas fora rico, brabo, de importância,

E quando este estágio se alcança

Tem poder, mesmo, que tenha morrido.

Pedaço do caminho percorrido,

Ao cemitério e dá-se a extravagância,

Morreu por que de pinga encheu a pança

E a causa-mortis foi cobre entupido.

Até um vira-latas estranhou

A catinga e era tanto o fedor

Que a procissão funérea se desfez.

E o morto, posto ao chão o seu esquife,

Ressuscitou do pum que deu o patife,

Mas culpou o pobre cão pelo que fez.