Asas para as nuvens
Em pálida névoa, na cidade do ar,
Vêem-se os suplentes da liberdade.
Chove no céu, arco-íris a formar,
Dissipando qualquer tempestade.
Sobre os anônimos, seu grito a soar,
Gaivotas escoltam ventos bem cedo.
Maresia na praça, marasmo no olhar,
Das pipas que sabotam seus medos.
Tão doce o vislumbre, em puro fascínio...
Fatiam algodões celestes em rebeldia!
No ânimo do mar, latrocínio da emoção.
Vai do violeta ao ultravioleta, domínio
Da maresia neste farfalhar de poesia,
Em clave de Céu, em Sol de canção.