ACABE-SE COM A CRENDICE

Mais uma vez me prende do Homem a crendice,

E, pergunto-me, como residir junta tanta idiotice,

Indo em filas domingueiras à fratricida coligação

Que são todas as igrejas seus pares e a religião.

A igreja fica bem co os fracos, e o diz que disse,

Mas se somos tão autónomos como tanta tolice!

Oh, espanto meu, eis que preste pra lamentação

Preferem isso, a um belo e lindo acto, de criação.

Como bestas, de olhos vendados, é tudo sorriso

E palmadinhas nas costas, entrando no vil antro

Sem que para entrar pedir licença fosse preciso.

Entrando em actos xamanistas reviram os olhos

E batem palmas, vãs, loucos, em intenso pranto

Com baba e ranho a sujar-lhes roupas de folhos.

Jorge Humberto

18/01/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 22/01/2008
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