CANÇÃO AO AMOR

Como uma rapariguinha, que necessitasse

De colo, assim és tu, meu mais doce amor.

E, se de mais alguma coisa, eu precisasse,

Bastar-me-ia passar por ti, e sentir teu olor.

Nada haveria já, que tanto me encantasse,

Como saber-te jamais, privada desse calor.

E, como aqui, algo, por fim… se realizasse,

Seria, simplesmente, a voz do nosso ardor.

Ah, minha mulher, tão amada… purificada!

Estarei eu alguma vez pronto para ser teu?

Saberemos, numa só alma, tê-la unificada?

Tua voz acalma-me, quando em desvario…

Mas se não fosses tu, hoje nada seria meu.

Não cabe aqui sequer, um pequeno desvio.

Jorge Humberto

12/01/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 19/01/2008
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