“CHEIROS DE MEMÓRIA”

Sempre mesmo depois da ceia finda

Que posta à mesa, em Mato Grosso

Do Sul, por onde vivi, quando moço

E onde brotam minhas raízes, ainda

É muito farta e sempre descoberta

Mesa cheia que de doar não cansa

Aos paladares e cheiros de criança

A lembrança de sabores que oferta

Tão exalantes, das frutas da cozinha

Tem manga-espada, rosa e coquinha

Cajá-manga, caju, jaca, fruto-jatobá...

Na memória, da gaiola a porta aberta

Fujas, ave que na urbe me desperta!

Pois, imitas, muito mal, meu sabiá...

Último Terceto inspirado na

idéia dos antológicos versos

de Gonçalves Dias: "minha

terra tem palmeiras, onde

canta o sabiá; as aves..."

(de Canção do Exílio, da obra

Primeiros Cantos, de 1847).

Fim de festas, fim de férias...

Lobo retornando à alcatéia...

Lobo da Madrugada
Enviado por Lobo da Madrugada em 18/01/2008
Reeditado em 18/01/2008
Código do texto: T822655
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