“CHEIROS DE MEMÓRIA”
Sempre mesmo depois da ceia finda
Que posta à mesa, em Mato Grosso
Do Sul, por onde vivi, quando moço
E onde brotam minhas raízes, ainda
É muito farta e sempre descoberta
Mesa cheia que de doar não cansa
Aos paladares e cheiros de criança
A lembrança de sabores que oferta
Tão exalantes, das frutas da cozinha
Tem manga-espada, rosa e coquinha
Cajá-manga, caju, jaca, fruto-jatobá...
Na memória, da gaiola a porta aberta
Fujas, ave que na urbe me desperta!
Pois, imitas, muito mal, meu sabiá...
Último Terceto inspirado na
idéia dos antológicos versos
de Gonçalves Dias: "minha
terra tem palmeiras, onde
canta o sabiá; as aves..."
(de Canção do Exílio, da obra
Primeiros Cantos, de 1847).
Fim de festas, fim de férias...
Lobo retornando à alcatéia...