PARA O BEM E PARA O MAL

Amor, não temas!, diz-me, que serás alguém,

E de que tudo, nesta vida, pra ires mais além,

Eu estarei cerca de ti protegendo-te do vil mal

Aqui vilipendiado, por um qualquer, mau sinal.

Ah, diz-me!, que para ti, foram como ninguém,

Esses que te maltrataram, professando o bem.

Sim… porque o que interessa, é que, no final,

Nosso amor não seja considerado coisa banal.

E eis que, aqui, farei voto, de que sozinha, não

Mais! na desprezível doença ou na fértil saúde!

Porque meu amor, fizeste brotar, meu coração,

Da vasta escuridão, onde foste buscar, um dia,

Com mil cuidados, o que dele restava, amiúde

Mal tratado; e foi aí que vi que a paixão nascia.

Jorge Humberto

08/01/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 16/01/2008
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