LUCIDEZ no DESERTO
Diante dos ímpios caminhos da insensatez humana
A beira da injustiça, da miséria e da discórdia.
Faz se escuro nosso coração e toda concórdia.
E culpamos o altíssimo da nossa tez desumana.
Os dias, as horas, passam sem percebermos
E nossas rotinas são reflexo de nosso egoísmo
E cada semente de iniquidade cai com ceticismo
E os frutos? São inevitáveis que os colhamos...
São amarras que nos mesmos colocamos
Inveja, intolerância, é o desejo que buscamos
A falta de ação correta nos fez prisioneiros
E quando perdido na escuridão então a revolta
Trilhamos a ignorância, a ilusão, a estrada torta
Até que há lucidez, luz no deserto nos faz despertar
Amaro Nester