"Vers la liberté"
No âmago do amor, a dor se oculta,
Entre os sorrisos de Penélope, fiel,
Como o poeta em seu tormento cruel,
A musa que seus versos exalta e insulta.
Nos sonhos de Morfeu, que se exulta,
O coração que se desfaz em corcel,
E na alma de Orfeu, o doce pincel,
Pintando a eternidade que resulta.
Na bruma de Atenas, a sabedoria,
Desvela em símbolos a pureza antiga,
E o deus, transformando-se em heresia,
Sussurra verdades numa voz amiga.
Ó liberdade, por fim, em harmonia,
Liberta o mundo da tirania antiga.