CANÇÃO AO EMIGRANTE

Nunca mas nunca digas adeus à saudade,

Pois, ela, é a esperança, de dias vindoiros,

É quem nos aquece do frio da gran cidade,

Quando, noutro país, procuramos tesoiros.

Desdenhosa meretriz, que, pra infelicidade,

Nos fez sair do nosso país, dias duradoiros

À chuva e ao vento, procurando actividade,

Levando-nos, o parco dinheiro, e os loiros.

Quando, por fim, pudemos regressar ao lar,

E fomos chamados, de simples covardes,

Vimos homens rudes, plo trabalho a chorar.

Mas a pátria, estava lá, nos seus corações,

E, jamais, os vimos, fazer grandes alardes,

Por aí terem ganho, mais alguns… tostões.

Jorge Humberto

05/01/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 14/01/2008
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