ENFIM… VIESTE
Enquanto escuto o silvo do vento, lá fora,
Sei que estás aí, fazendo-me companhia,
E meus versos saem livres como outrora,
Como quando, livre, surgia bela a poesia.
Preciso dizê-lo, a bem da verdade, agora
És tu o meu alimento, contra a monotonia
Dos dias sem razão; o mal foi-se embora,
Ficamos nós dois, em magistral sintonia.
E no passar do tempo, a conhecermo-nos,
Entregamo-nos, um ao outro, sem pudor,
E mais longe, ousar, então, atrevemo-nos.
Hoje, somos um casal, sóbrio e completo,
Que não tem algoz, tão só grande amor,
Apesar de tudo e de todos se quis liberto.
Jorge Humberto
04/01/08