SONETO AOS GIRASSÓIS
Tempo que há de vir ao setembrar
bailar nos campos girassóis daqui
sentir nas manhãs quando o sol surgir
resistir com amor ao se lembrar.
Quiçá, quais sóis assim, quis despertar?
Oxalá, os girassóis a assentir
permitir-se nessa dança por cingir
seguir o sol, todo dia a contemplar!
Cismar ao poente, azar, ou fim...
mesmo assim, vêm reverenciar
atar a verter-se na cor carmim.
Em mim, o que ficar é primavera
sempre bela de Ipês e Cinamomos
bordamos pois, de ouro a aquarela.