SONETO NÃO TE ESTRISTEÇAS, BARDO, A VIDA É LINDA
Não te entristeças, Bardo, a vida é linda!
Amor!… Viagens!… Sonhos!… Amizades!…
Queres bradar, amigo, então, brades!...
A dor, por mais profunda, um dia, finda!
Se vida é feita mais de tempestades,
Se o Amor distante, não beijaste ainda,
E se a Razão se fez dura berlinda,
As ondas da tua Fé guardam verdades
Que só tua alma sente e estas marés
Que hão de trazer bem cedo à tua orla,
Molhando de ilusões os teus dois pés,
No Paraíso ao qual comes de borla!...
E molhas, não de orvalho essa tua tez,
Mas da, de um perdigoto, nova corla!…
(Queiroz Filho)