Um sonho
Este amor semeando férteis grãos
Posto em árida terra, corrosiva
Muito mais que esta alcunha me escraviza
Me condenam teus doces lábios vãos
Distraídos desejos tão pagãos
Em meu corpo uma flâmula erosiva
Tua explícita curva que erotiza
O contorno do corpo em minhas mãos
Lancinante e sombria noite acena
Aos caprichos dos sonhos ao luar
Em meus olhos te despes obscena
Tanto amor sei que tenho pra te dar
Mas você me rejeita e me condena
Ao suplício inclemente do acordar