Espelho convexo
Com meu número primo eu te vesti
Enlaçando meu corpo junto ao teu!
Face a face um olhar de quem sofreu
N’outra íris a mácula sorri
Sobre o salto imponente preso a ti
Debochando do medo amigo meu
Vai soprando mentiras no apogeu
Duma tarde flamante de rubi
A volúpia estampada com desdém
Com as cores do amor o do martírio
São teus lastros de amor e querer bem
Lamentando o destino como um lírio
Arrancado da terra por delírio
De quem ama e não sabe amar ninguém