MEA-CULPA

Perdão, Senhor!... Porque a amava tanto

e, ao vê-la andando triste e tão sozinha,

fingi-me padre e num espaço santo,

fui eu o confessor que ouviu Rosinha...

Jamais podia crer, meu Deus, no entanto

que o sofrer e o segredo que mantinha

a pobre moça... O seu tristonho pranto,

tinha um culpado e a culpa era só minha!

Rosinha, a moça recatada e pura

por quem eu quase fui à sepultura,

também me amava tanto e eu não sabia!

Por dois pecados não terei perdão:

ouvir o seu segredo em confissão

e por causar a dor que ela sentia...