Nada nos pertence, não somos nada 

De nós mesmos, não somos donos 

Temos apenas o tempo da jornada

Procurando algo, que não somos

 

Na jornada, não temos domínio 

Podemos provocar nosso fim

Ou, esperar um extermínio

O toque da corneta de um serafim

 

Mas, criaram valores, preço e renda

Decidem, o que pagas, os dízimos 

Qualquer negócio é uma prenda

 

E, mesmo nada tendo, nada sendo

Trinta moedas, pães, ázimos 

Nada me pertence, não vendo

Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 14/05/2024
Código do texto: T8063115
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