“R*I*B*A*N*C*E*I*R*A”

A lua vai descendo a ribanceira, e prostra-se na beira da calçada

Enquanto no silêncio, enciumada, a moça a ignora a noite inteira

A música transbordante da soleira, em instante inunda a madrugada

A cena vai fechando a jornada, que morre no findar da sexta-feira

O sábado – aleluia – vai chegando, trazendo meu descanso merecido

O tempo já me fez homem crescido, só cessa quand'estou descansando

Nem diga que por Deus veio a mando, pois ele repousou como é sabido

Depois da Criação bem ter cumprido, parou, olhou, seguiu admirando

A prima-obra de beleza incomparável, deixada para toda a humanidade

O homem que traduz toda maldade, sem luz do Criador tão ponderável

Agindo como ser irresponsável, priva o futuro, comprime a eternidade

Priva o futuro, comprime a eternidade, agindo como ser irresponsável

Que morre no findar da sexta-feira, e tal cena vai fechando a jornada...

A Lua iluminando a ribanceira, e nela o LOBO trilha a MADRUGADA...

Lobo da Madrugada
Enviado por Lobo da Madrugada em 05/04/2024
Código do texto: T8035556
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.