“R*I*B*A*N*C*E*I*R*A”
[ideal ler com o celular na horizontal]
A lua vai descendo a ribanceira, e prostra-se na beira da calçada
Enquanto no silêncio, enciumada, a moça a ignora a noite inteira
A música transbordante da soleira, em instante inunda a madrugada
A cena vai fechando a jornada, que morre no findar da sexta-feira
O sábado – aleluia – vai chegando, trazendo meu descanso merecido
O tempo já me fez homem crescido, só cessa quand'estou descansando
Nem diga que por Deus veio a mando, pois ele repousou como é sabido
Depois da Criação bem ter cumprido, parou, olhou, seguiu admirando
A prima-obra de beleza incomparável, deixada para toda a humanidade
O homem que traduz toda maldade, sem luz do Criador tão ponderável
Agindo como ser irresponsável, priva o futuro, comprime a eternidade
Priva o futuro, comprime a eternidade, agindo como ser irresponsável
Que morre no findar da sexta-feira, e tal cena vai fechando a jornada...
A Lua iluminando a ribanceira, e nela o LOBO trilha a MADRUGADA...