O ESGOTO OU A PODRIDÃO DA NOSSA SUB-CULTURA (SONETO)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Quando uma falta de estrutura cultural chega ao fundo de uma fossa,

Aderem a tudo que for de sujo a que não enaltece nada a ninguém,

Reparamos no modo gíria de falar a piores vestes a que intervém,

Sarnas ou micoses a fazer mal a tudo que de irritação a coça.

Piores letras de apologias ou de atenuação a uma porcaria de joça,

Vagões sobrecarregados de ilegalidades a bordo de um destroçado trem,

Refugiando pelo balanço artificial daquilo que tende agradar além,

Dos mais deselegantes submundos a que suados a algo roça.

Aderindo a isto há a explicação que a massa encefálica destroça...

Termos sub-culturais atendidos pela ineficiente proporção que empossa...

Sobrando neste mundo decadente a que nada aguenta a mais ninguém.

Palavriados a insultos como protestos contemporizando seres humanos a puxar carroça...

Esvaziando o que já está por vazio sobre a ideologia que apossa...

Identificando cada um a sua insignificância pelo que dá vida depara a um desdém...